26/10/2018

Simpósio de Agronegócios apresenta forma de cultivar, gestão, inovação e tendências do mercado

2º Simpósio Nacional de Agronegócio em Culturas Intensivas, ocorreu entre os dias 15 a 17 de outubro na FAAGROH e trouxe perspectivas de forma de cultivar, gestão, inovação e tendências do mercado

O 2º Simpósio Nacional de Agronegócio em Culturas Intensivas, ocorrido entre os dias 15 a 17 de outubro na FAAGROH (Faculdade de Agronegócios de Holambra), trouxe perspectivas de forma de cultivar, gestão, inovação e tendências do mercado. O tema central do evento, que recebeu uma média de 100 pessoas por dia, foi Floricultura: tendências e perspectivas futuras.

“Momentos como esse são fundamentais para que os alunos dos cursos de Gestão do Agronegócio e Engenharia Agronômica conheçam as principais tecnologias em Gestão, controle e padrão de qualidade, além de ter acesso a experiências vivenciadas nas principais empresas que atuam no setor. Com tudo isso, nota-se o diferencial dos profissionais que serão formados pela FAAGROH que, com pouco tempo, já se tornou referência do ensino do agronegócio no Brasil”, comenta o professor Ronan Machado, diretor pedagógico da Instituição. A abertura do Simpósio foi com a palestra “Padrão e qualidade de flores e plantas”, apresentada pela engenheira agrônoma Patrícia Fabiano Bechelli, responsável pelo departamento de Qualidade do Veiling.

A agrônoma trouxe aos estudantes um panorama de como é o trabalho de controle de qualidade aplicado no Veiling. “O tema qualidade é polêmico. Digo isso porque o que é qualidade para um e o que é para outro? Então venho aqui para os alunos terem uma visão do que é feito hoje no segmento de flores e plantas, que é um produto perecível”, comentou.

Patrícia informou que no Veiling eles trabalham com um número bastante elevado de espécies, variedades e códigos, e dentro de cada produto estabelecem categorias: A1, A2 e B. “Para cada uma dessas classificações nós damos um limite de tolerância. Aí separamos o que é defeito grave e o que é leve, e em cima disso a gente constrói todo o padrão que é para ser seguido pelo produtor que encaminha os produtos à cooperativa para serem comercializados”, explicou.

“Defendo que é importante a gente receber conhecimento de profissionais que estão no ramo. Vejo que isso agrega muito valor, e você sai daquele mundo apenas da sala de aula, passa a ter contato com a prática e a experiência de pessoas que estão exercendo a profissão”, defende Patrícia, sobre o fato de estar palestrando em uma faculdade. Ela atua no agro há 28 anos, destes, 17 anos no ramo de flores e plantas e 15 somente no Veiling.

Na mesma noite aconteceu a palestra “Gestão no agronegócio e tecnologias digitais”, apresentada pelo economista e analista de sistemas Euder de Almeida Ribeiro.

INTERNACIONAL

A programação do Simpósio teve continuidade na terça-feira, 16 de outubro, com mais dois temas. O primeiro a falar foi o engenheiro agrônomo Jerry van der Spek, que abordou os “Desafios da pós-colheita na cadeia de flores”, com a participação da engenheira agrônoma Simone Lin van Oene.

Dentre tantos assuntos, Jerry mencionou os tabus em torno das flores e plantas de corte. “Há o tabu de dizer que duram pouco, mas isso vai depender dos cuidados na pós-colheita, inclusive com a utilização de produtos adequados que prolongam a vida das flores e plantas de corte”, explicou o agrônomo, que é representante da multinacional Chrysal (que tem linhas de produtos para melhorar a durabilidade das flores e plantas) e é proprietário da ADF Online Atacado de Flores e Plantas.

A noite da terça contou também como uma palestra internacional, ministrada pelo belga Patrick Bauwers, da empresa Aucxis. Ele falou sobre “O futuro do Veiling na ótica da Aucxis”.

Patrick trouxe pontos muito importantes para a área do agro, pois foi possível conhecer o mundo virtual de mercado de ações de produtos do segmento. “O desenvolvimento da tecnologia e da ciência promove uma qualidade melhor de alimentos, porque com inovações nos plantios e entendendo melhor aquele produto é possível desenvolver técnicas para o melhoramento. Então, assim, a probabilidade de no futuro termos uma porcentagem bem alta de alimentos de qualidade é bem elevada”, defendeu.

No terceiro e último dia do Simpósio Nacional de Agronegócio mostrou a evolução dos últimos 10 anos e as tendências no setor de horticultura nacional, mostrando os fatores que levarão as agroempresas a terem seu almejado sucesso. Esse foi o tema da palestra do engenheiro agrônomo Renato Opitz.

“Holambra se tornou um centro de referência quando se trata de flori/horticultura. Devido a isso especializar a mão de obra na região é muito interessante para o mercado e para as pessoas com vontade de entrar na área. Eventos como Enflor e Hortitec evidenciam cada vez mais a formação desse pólo pela região”, comentou Opitz.

Na segunda parte do evento mostrou a importância da proteção de cultivares no agronegócio, e sua relação com a produtividade e uso da tecnologia na palestra da engenheira agrônoma Silvia Sartorelli.

“Inovação é a palavra chave sobre o mercado de horticultura atualmente. Porém não basta apenas a inovação tecnológica (aparelhos), é preciso também mostrar que o mercado em si necessita de novidades, e mostrar isso aos alunos é essencial”, destacou.


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